Percepção
Ris-te para os medos
Como quem alegre vive
Recheado de segredos,
Choras desalmado
Como quem pio sente
Seu consciente rasgado.
Abraças-te em desespero
Como quem calor procura
Numa fria maré de negro
A Dúvida
Do súbito aparente
Viajas na tua barca
Sem o teu rumo traçado, Desejas encontra-lo
Sem nunca o procurar.
E corres, e transpiras
Corres mundos e fantasias
Trocas de pele como quem nada sente
Abres o mundo e rasgas o presente
Ainda assim falta-te o ceptro
Caminhas desequilibrado dos teus ombros fatigado
Pesa, corrói, dói o pesadelo que te persegue
Estafado hesitas mas obrigado continuas a fuga
Daquilo que te conhece como um irmão de nascença
Que te persegue cravejando a tua qualquer coisa culpa
A Dor
Um caminho para ti talhado, uma máscara cobre um rosto malvado
Os olhos vermelhos vigiam a tua existência, desolado cais e refugias-te nas emoções
As pupilas dilatam e lava flui no teu coração, queimando veias, artérias, Razão
O ar que respiras são cinzas do passado, ecos de uma alma que outrora não havia penado
A maldita brasa é afinal a pele que te queima, deitado sob uma cama de espinhos sonhas acordado
O dia chegará em que a sombra se unirá ao vazio, carregando o ponto final de toda esta montanha de pálida relatividade.
O Fim
Os ecos do silêncio...
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