quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Perpeção, Dor, Fuga, Fim

Percepção

Ris-te para os medos

Como quem alegre vive

Recheado de segredos,

Choras desalmado

Como quem pio sente

Seu consciente rasgado.

Abraças-te em desespero

Como quem calor procura

Numa fria maré de negro

A Dúvida

Do súbito aparente

Viajas na tua barca

Sem o teu rumo traçado, Desejas encontra-lo

Sem nunca o procurar.

E corres, e transpiras

Corres mundos e fantasias

Trocas de pele como quem nada sente

Abres o mundo e rasgas o presente

Ainda assim falta-te o ceptro

Caminhas desequilibrado dos teus ombros fatigado

Pesa, corrói, dói o pesadelo que te persegue

Estafado hesitas mas obrigado continuas a fuga

Daquilo que te conhece como um irmão de nascença

Que te persegue cravejando a tua qualquer coisa culpa

A Dor

Um caminho para ti talhado, uma máscara cobre um rosto malvado

Os olhos vermelhos vigiam a tua existência, desolado cais e refugias-te nas emoções

As pupilas dilatam e lava flui no teu coração, queimando veias, artérias, Razão

O ar que respiras são cinzas do passado, ecos de uma alma que outrora não havia penado

A maldita brasa é afinal a pele que te queima, deitado sob uma cama de espinhos sonhas acordado

O dia chegará em que a sombra se unirá ao vazio, carregando o ponto final de toda esta montanha de pálida relatividade.

O Fim

Os ecos do silêncio...

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